sábado, 19 de janeiro de 2008

Seus Olhos castanhos

Seus olhos castanhos

Quem sabe eu ainda sou uma garotinha
Deito-me na cama olhando uma foto sua
Olhos castanhos claros, quase transparentes
Com sono, durmo em instantes sem perceber

Liame que me liga a matéria
Deixando-me livre ir ao encontro da pessoa que amo

Nas ruas de São Paulo em cada esquina
Encontro olhares conhecidos e desconhecidos
Procuro um olhar conhecido e único
Entro na Padaria Letícia perto de casa
Peço um chocolate quente médio
Retiro do bolso uma foto sua olhando detalhes
Seus olhos castanhos penetrantes e simples
Com olhares simples, humildes, sinceros, tímidos

Pego uma flor amarela cheia de pólen
Ando na Teodoro Sampaio nas partes dos músicos
Instantaneamente e por minha surpresa
Nossos olhares se encontram e pensamentos
Voam deixando sonhos fluírem livres
Livres como pássaro, vento, tempo


Entramos numa Galeria dos músicos em um café
Sentamos pra conversar e sua timidez
Flora pondo-se a ficar me olhando timidamente

Preciso dizer que te amo, te amo tanto
Segura e sem cometer nenhum engano
A saudade mora dentro do meu peito
Esta saudade será que tem jeito?
Quando disse que te amo, se escondeu em seu casaco

Não tenho hora pra dizer que te amo
Seus olhos penetrantes e profundo
Olham pra mim sem cansar
A galeria está em silêncio e escura
É noite e estamos a sós lá dentro

É chegada hora da despedida
Acompanha-me até em casa
Retorno à matéria e levanto-me
Pego uma foto sua bem sorridente
Seus olhos castanhos penetrantes e tímidos
Ligo o rádio na Mix e termina
A música malandragem
Quem sabe eu ainda sou uma garotinha

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